Seria ótimo poder
ouvir a resposta de cada um. Evidentemente esta não é a mídia adequada para
isso. Então vamos às propostas. Com o presente texto, eu estou iniciando uma
serie de textos que pretende apresentar as noções básicas necessárias a um
agente de Pastoral envolvido com a Liturgia.
Para celebrar bem é
preciso celebrar com consciência, é isso que afirma a Constituição
Sacrossanctum Concilium, documento tão querido de quem costuma estudar liturgia
nos dias de hoje, até em detrimento de outras fontes. É então que surge meu
questionamento: será que sabemos o que estamos celebrando?
Quando vamos à
missa, por exemplo, é a alma dos falecidos que está sendo celebrada? Ou o anjo
da guarda? No sacramento do batismo, é a alegria dos pais por terem tido um
filho? Ou a nossa devoção a Virgem Maria ou a outro Santo? Todas essas coisas
fazem parte da nossa vida, mas não é este o ponto central de nossas liturgias.
A Liturgia da Igreja
celebra o Mistério Pascal de Cristo: o conjunto de acontecimentos pelos quais
se consumou a salvação de todos os homens e se inaugurou o tempo novo da
Redenção. É pela realização destas coisas que toda os homens fazem parte da
vida divina. É pelo Batismo que somos incorporados neste sacrifício inestimável
em valor, que Jesus oferece a Deus Pai em nosso favor.
É isso que a
Liturgia da igreja faz, celebra, torna presente o sacrifício de Cristo ao Pai,
por nós. Assim, nossa liturgia é dirigida ao Pai e realizada por Cristo na ação
do Espírito Santo. É da vivencia litúrgica que brotam todas as demais
exigências da vida cristã. Afinal, foi em virtude do Mistério Pascal (da nossa
Salvação) que Jesus, curou os doentes, caminhou junto dos excluídos,
multiplicou o pão. Se você é católico, pratica obras de caridade e milita em
defesa dos necessitados e não conseguiu entender que isso deve brotar da
celebração do Mistério Pascal, existe alguma falha na sua participação
consciente.
Lucas Francisco Neto
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